Por Gabi Moutinho, Psicoterapeuta Transpessoal Sistêmica
Enquanto corre uma lágrima no seu rosto, corre também o ponteiro do relógio. ⏰ ⏳
Ele não espera. ⏳
O tempo é autônomo, independente, eu diria até egoísta. ⏳
Ele não quer saber se você perdeu alguém ou algo, não quer saber se você está lamentando, se você está indeciso ou se você nasceu, cresceu, reproduziu ou morreu. ⏳
O tempo simplesmente segue em frente. A cada tic tac acontece uma perda, uma conquista, uma expectativa, uma frustração, uma desilusão, uma paixão. ⏳
Ele nunca para. ⏳
Quem nunca quis que o tempo parasse pra viver um momento ou uma fase inesquecível? ⏳
E quem nunca quis que o tempo voasse para chegar logo o dia ou horário pra algo acontecer ou acabar? ⏳
Mas também, se o tempo nos ouvisse, os seus ponteiros já estariam surtados. ??? pois queremos que as coisas aconteçam do nosso jeito, no nosso ritmo. ⏳ Mas o tempo é dono si, sem patrão, sem compromisso com ninguém, desgarrado dos nossos sentimentos e desejos. ⏳
O tempo é foda! Mesmo se o relógio quebrar, ele continua andando. ⏳
O tempo é surdo. Ele não nos ouve quando pedimos mais um pouco dele. O tempo é cego pois não enxerga que as vezes precisamos da sua flexibilidade. Ele só não é aleijado, pois ele corre, e corre tão serelepe que as vezes temos a sensação que ele está voando. ⏳
Eita tempo! Você não existe! Ou melhor, você existe e está aqui, agora. ⏳