Abrindo o jogo sobre relacionamentos, expectativas e amor

Por Jordan Campos

O mito do amor romântico e suas vertentes práticas, neste mundo, sempre me chamaram a atenção. Eu sou um romântico nato. Desde cedo desenvolvi em mim um amor platônico – foi minha primeira forma de conduzir isso – depois fui aprender que Platão deveria comer alguém também, que aquela de “princesa encantada” era uma furada e acabei beijando o sapo. Caraca!

Me lembro de estar com febre de paixão aos 6 anos… Seria, eu, muito precoce? Acho inclusive que minha primeira experiência de beijo, que foi bastante visceral e não foi com o “sapo” dito ainda, contribuiu para reforçar que o que eu queria era sempre possível. Meu primeiro beijo foi aos 6 anos de idade. Ela tinha 22 anos e era uma loira muito bonita.

Na época, não estava tão na moda esta coisa de pedofilia e passamos em branco. Eu era um “bebê Johnson”, e a mulher caiu na minha lábia apenas eu tendo 6 anos. Putz!

Na adolescência, enquanto meus colegas aproveitavam as provas, aos sábados, no colegial para se iniciarem em bordéis, eu preferia fazer poesias e tocar meu violão… Minha iniciação não poderia ser assim, visceral e paga. Jamais! E eu levava muito a fama de tudo e mais ainda por isso, nunca estive nem aí, de fato.

Estou construindo o que vou falar adiante sob este alicerce introdutório para que eu me faça entender “de onde vim”, e porque acho o que acho hoje.

Eu ficava, então, nessa de estar louco de paixão e de que amar significava isso. Descobri com o tempo que, quanto mais seguro de si você puder estar, menor é a chance de suas pernas lhe levarem ao chão quando você encarar sua paixão. Claro que todos nós queremos uma paixão arrebatadora… e por mais que esta seja um impulso químico cerebral, isso não é absolutamente garantia de nada. Quantas vezes aquela paixão insana acabou como pegar sorvete na geladeira? Na verdade, inúmeras pessoas que podem não lhe deixar sem fôlego à primeira vista, podem inspirar por uma vida inteira. Há uma diferença entre querer uma pessoa parceira e uma pessoa que lhe complete. No primeiro caso, isso se chama maturidade e no segundo, um indicador que ainda precisa de bagagem prática em relacionamentos.

Sabia que estudos já indicaram que os casados fazem mais sexo que os solteiros? Que os casados têm mais ideias financeiras e saúde???

Claro que quando seu parceiro não é despirocado. A crença de que a monogamia reduz o Ser é um conceito estreito e sexual. Se alguém tem como objetivo o melhor do sexo, deveria pensar em se casar, pois o inverso é uma cilada.

Depois precisei combater a concepção de que eu e a pessoa da minha vida deveríamos ter muito em comum – metades da mesma laranja. A melhor coisa de uma união é ter um outro ponto de vista. Tudo o que se precisa é ser da mesma espécie (rsrsrs). O algo em comum deixe para as grandes decisões, como ter filhos, por exemplo. Mas mesmo que você seja uma pessoa cínica que gosta de fatos, e a outra pessoa uma libertária capaz de argumentar que a inexistência de provas não prova a inexistência de algo, não há razão para que vocês não possam ser felizes. Pessoas muito parecidas se sufocam, esta é a verdade.

E sobre aquele caso de a pessoa ter que ser perfeita? Ihhh… muita gente desiste de relacionamentos bacanas e promissores por acharem que estão nas Lojas Bahia comprando uma Brastemp. Na verdade, eu vi na prática que as pessoas ficam muito mais em dúvida de seus parceiros pelo que os outros pensam dele e não pelo que elas mesmas acham da sua escolha. Em verdade, em verdade, o que deveria se avaliar é que se na hora que o “bicho pegar” e os problemas surgirem, a pessoa vai estar ao seu lado. Quando o dinheiro faltar e os exames relatarem que algo não vai bem com você, a pessoa vai fincar os pés no chão ou vai “comprar cigarro na esquina” e sumir?

Bem, é isso… E quando pintar a rotina, tente beijar com toda a raiva da semana e fazer uma ponte ao paraíso. Entenda que sapos podem até virar príncipes, mas cachorros não! E jamais chore por alguém que deixou você, pois o próximo pode justamente se apaixonar pelo seu sorriso.

Leia também

Vai uma música aí?

26 de maio de 2020

Medo

26 de maio de 2020

O tempo não espera por você

26 de maio de 2020

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Núcleo de Terapia Integrada Jordan Campos – Empresarial Thomé de Souza – Av. ACM, 3244 – Caminho das Árvores – Salvador – BA. Tel. 71 3561-6298 / 71 9943-7742 (Whatsapp Corporativo) | E-mail: contato@jordancampos.com.br

Desenvolvido pela Loup Brasil.

Abrir chat
Posso ajudar?
Olá,
Podemos ajudar?